- Eu acho que precisamos de um tempo... - disse ela, com voz não segura.
- Já estava à espera disso...
- Já? - a voz soava-lhe surpresa.
- Claro! Tu és mais transparente do que pensas.
- Sou?
- És... Sabes, isso é daquelas coisas que saltam à vista.
E saltavam mesmo. Haviam vários dias, que eu olhava para ela e me perguntava quando se cumpriria a famosa frase, título de um livro do Miguel Esteves Cardoso: O amor é fodido!
E chegou hoje o momento. Anunciado a arautos e trombetas, ela disse-me o que lhe ia lá no fundo. E eu ali fiquei, na beira da cama, por um momento, sem saber se ela dizia verdade ou não. Eu sabia que sim, mas queria que não.
Um tempo...
O sei o que é um tempo. É dizer que não dá mais, que não se quer mais, mas com jeitinho.
Mostrou-me um filme. Pequeno. E eu até gostei.
Fomos embora.
Na aula agarrou no meu estojo e escreveu: Gosto de ti!!!
Gostas? Como? De que maneira?
- Pode ser que, se o destino quiser, ainda seja possivél...
- Poupa-me a essas frases da treta, O.K.?
- Mas é verdade!
- A serio, não repitas isso! - e como essas frazes me põem fora de mim.
P.s. Isto há-de lá ir com uns Martinis e umas baladas rock dos Scorpions
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
6 comentários:
Ao ler o que escreveste, as tuas fizeram-me lembrar um (mini)texto de um escritor inglês chamado Neil Gaiman... tomo a liberdade de colocá-lo aqui:
"Já alguma vez estiveram apaixonados? Horrível, não é? Torna-te tão vulnerável. Abre-te o peito e o coração, o que significa que qualquer pessoa pode entrar e desarrumar tudo. Constróis todas as defesas possíveis. Constróis toda uma armadura para que ninguém te possa magoar. Nessa altura uma pessoa estúpida, em nada diferente de qualquer outra pessoa estúpida, aparece na tua vida... Dás-lhe um pouco de ti. Eles não pediram. Fizeram algo disparatado um dia, como beijar-te ou sorrir-te. E a partir desse momento a vida deixa de te pertencer. O amor faz refens. Entra dentro de ti. Devora-te e deixa-te a chorar na escuridão, de tal modo que uma frase como "talvez devêssemos ser so amigos" se transforma num triturador que te perfura até ao coração. Dói. Não apenas na imaginação. Não apenas na mente. Transforma-se numa dor de alma...."
Enfim... acho que não há mais nada para se dizer.
Abraço
Há frases fodidas. As piores são as que ficam na cabeça, de certo que sabes do que estou a falar porque já te contei.
A titulo de curiosidade, por acaso já conhecia o texto do comentário anterior...
Não gosto de "tempos"...
"You know I never meant to see you again
But I only passed by as a friend
All this time I stayed out of sight
I started wondering why"
mv, reflecte lá sobre isto 3min
Phill Collins?
Pensava k so eu é k conhecia essa música... é daquelas baladas que batem mt fundo.. ahah! Sou incurável e o pior é k gosto mto! :P
Às 4 e picos da matina pensei: "Já não vejo os blogs daqueles equídeos há uns tempos. Se calhar passo por lá e rio-me um bocado com os insultos à língua de Camões que pululam nos vossos textos."
Chego aqui, leio um textozito ou dois, faço "scroll" e aparece-me este texto...
Foda-se Carlos Miguel, 'tás bué rabeta. Pára lá com essas merdas do sentimentalismo, que isso tem piada durante os primeiros poemas que metam pétalas de rosas e lágrimas de anjos, mas depois farta e acaba por ameaçar a tua sexualidade.
Vá, pode prosseguir a viagem, mas agora com cuidado.
Enviar um comentário