quinta-feira, outubro 25, 2007

Não, nem penses,
Que dou algo mais ao que sentes,
Pois não nadarei mais nestes afluentes,
Nem me despojarei destes sentimentos quentes.

Não, foge daqui,
Vai-te embora e finge que eu parti,
Abandona a eira de afectos que construí,
Que eu, louco e fero, um funeral farei para ti.

Porque te aproxiamas? Sentes interesse agora,
Agora que, sem conserto nem aprumo,
À nova realidade me acostumo...

E esquecer não ajuda. Só faz lembrar
Um fogo frio, que a alma faz cortar
Para no fim, no chão o homem abandonar.



Capítulo encerrado.

sexta-feira, outubro 19, 2007

- Eu acho que precisamos de um tempo... - disse ela, com voz não segura.
- Já estava à espera disso...
- Já? - a voz soava-lhe surpresa.
- Claro! Tu és mais transparente do que pensas.
- Sou?
- És... Sabes, isso é daquelas coisas que saltam à vista.


E saltavam mesmo. Haviam vários dias, que eu olhava para ela e me perguntava quando se cumpriria a famosa frase, título de um livro do Miguel Esteves Cardoso: O amor é fodido!
E chegou hoje o momento. Anunciado a arautos e trombetas, ela disse-me o que lhe ia lá no fundo. E eu ali fiquei, na beira da cama, por um momento, sem saber se ela dizia verdade ou não. Eu sabia que sim, mas queria que não.
Um tempo...
O sei o que é um tempo. É dizer que não dá mais, que não se quer mais, mas com jeitinho.
Mostrou-me um filme. Pequeno. E eu até gostei.
Fomos embora.
Na aula agarrou no meu estojo e escreveu: Gosto de ti!!!
Gostas? Como? De que maneira?


- Pode ser que, se o destino quiser, ainda seja possivél...
- Poupa-me a essas frases da treta, O.K.?
- Mas é verdade!
- A serio, não repitas isso! - e como essas frazes me põem fora de mim.



P.s. Isto há-de lá ir com uns Martinis e umas baladas rock dos Scorpions

quinta-feira, outubro 11, 2007

"Woman I know you understand The little child inside the man"
J. Lennon
Mulheres. Seres estranhos, descendentes do demónio primordial. Todos os confrades de sexo que neste sigelo blog passam sabem como é verdade o mal que as mulheres nos fazem. Mas o grande problema, é que com esse mal todo, nós apenas existimos para elas.
Mas isso, apenos nos faz olhar para elas com mais atenção, ao ponto reparar na sua dependência em quimicos. Hoje reparei que uma elegante amiga minha tomava um comprimido, e a pergunta surgiu como uma seta:
- Estás donte? (Como se me interessasse)".
-Não, isto é para a dor de cabeça."
-Mas doi-te?"
-Ainda não, mas quando não trago os óculos doi sempre"
E isto fez-me reflectir. Elas tomam "o comprimido" para tudo. Para a dor de cabeça, para ir fazer xixi, para não ir fazer xixi. As gordas para emagrecer, as magras para nao serem escanifobéticas, para a azia, para os gases. Uma simples garganta arranhada e lá vai mais um para a gripe e outro para o resfriado.
Vem o final do mês e toma-se um cocktail para aquela cena que permite ter filhos. Em qualquer altura do mês e tomam aquele que nao deixa ter filhos (abençoado seja esse!)
Passam a vida nisto, e se um dos pobres irmãos pergunta o porquê daquele comprimido elas respondem com um tácito: - Eu é que sei!
Só como nota final, já repararam com certeza em como o alcool ou o tabaco se tornam muito mais violentos nelas que em nós. Elas dizem que não, mas nós sabemos que sim.

terça-feira, outubro 09, 2007

Se há coisa que me irrita é porem em questão o meu gosto musical.
Uma coisa, é dizere-se que dada música nao agrada a certo indivíduo, outra oposta (e de veras estúpida) é dizer-se que essa mesma música não presta, ou "é má".


P.s.- Gera-se nulidade deste argumento se o objecto musical pertencer à categoria de: a)Kizomba b)Kuduro. Nesse caso considera-se "musica má".